A área degradada na Amazônia pela extração de madeira e queimadas chegou a quase 1.000 km² em agosto de 2022, o que representa um aumento de 5.322% em relação a agosto de 2021, quando a degradação detectada foi de 18 km² . O número em 2022 é 54 vezes maior do que o mesmo mês do ano anterior. Os dados, divulgados nesta sexta-feira (16), são do Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

A degradação florestal é considerada o primeiro estágio para a destruição total da vegetação nativa. Ela acontece quando parte da mata é retirada pela exploração madeireira ou afetada pelo fogo. É comum que uma área classificada como degradada seja posteriormente desmatada.

“Em muitos casos de áreas que sofrem degradação florestal por exploração madeireira, após a retirada total das espécies de valor comercial, é feita a remoção completa das árvores para destinar aquela área a outros tipos de uso, como por exemplo a agropecuária ou até para a especulação imobiliária, no caso da grilagem. Se os órgãos ambientais agirem para proteger as áreas degradadas recentemente, podem evitar que elas sejam desmatadas nos meses seguintes”, explica a pesquisadora do Imazon, Bianca Santos.

Segundo o SAD, a maior área degradada estava no Mato Grosso (67%), seguido pelo Pará (25%), Acre (3%), Maranhão (2%), Rondônia (1%), Amazonas (1%) e Tocantins (1%).